Bootom Line #9 - Eu quero acreditar


 

Como sempre começando por externar meus agradecimentos a todos aqueles que perderam alguns minutos para ler a edição passada e fazer parte da discussão sobre o tema.

 

Uma a uma as lendas vão morrendo. E eu temo que, dentro em pouco, neste pratico seculo de invenções portentosas, não reste mais aos espiritos fatigados da aspereza scientifica o afago poetico de uma só.

    Cada dia desce uma lenda ao tumulo. Tudo quanto sobre ella se disse ou escreveu parece muito velho, muito remoto e muito saudoso.

 

O genial Gustavo Barroso certa vez escreveu um artigo chamado A Mancenilha, era uma discussão sobre a árvore do título, que durante séculos se acreditava que matava as pessoas que dormissem sua sombra, poeticamente era uma imagem muito usada para descrever historias de amor trágicas, onde o apaixonado escolhia a morte debaixo da árvore por não ter seu sentimento correspondido.

Mas uma descoberta científica tinha provado que os frutos da arvore não eram tão venenos a ponto de matar uma pessoa mas apenas adormecer a pessoa, ele discute ate que ponto esse avanço acabaria por matar a imagem poética que se tinha.

Avançando agora para essa semana vou a um tema que tinha uns bons meses que queria tratar mas acabava sempre adiando. Creio eu que em janeiro ou fevereiro comecei a assistir alguns dos documentários da serie Dark side of the ring, dentre eles o que mais se destacou para mim foi “The final days of Owen Hart”, por toda crueza e forma chocante como vimos os fatos daquele incidente.

 



Entretanto o episodio que deu a ideia para esse post foi “The Montreal Screwjob”, não abordaremos aqui as consequências que esse evento teve e o seu peso para a Attitude Era, mas focaremos numa parte onde temos uma entrevista interessantíssima com Jim Cornette.

Para aqueles que não conhecem, fora ser um dos maiores babacas vivos, Cornette é uma enciclopédia viva e uma das pessoas que mais entende de Wrestling no mundo, o gosto dele pelo oldschool, pela ênfase em storylines e contar uma historia no ring ao invés de apenas apresentar grandes moves explica todo amor dela pela Golden era do Wrestling e desprezo pelo Wrestling praticado nas indys.

Ele atribui ao Montrel Screwjob uma grande mudança de paradigma no Wrestling, com o escândalo que se seguiu e Bret dando entrevistas sobre como foi engando por Vince, e o dono da WWE admitindo isso para se tornar então o grande vilão da companhia. O problema disso na visão de Cornette foi trazer a realidade para dentro do Wrestling. 

 


Se eles te dizem na TV, que o acontece no ring não é decidido dentro do ring, mas que existem jogos de interesses por trás, favoritos e perseguidos pela companhia, isso destrói quase que completamente a visão do Wrestling como um entretenimento puro e abre margem para o backstage se tornar algo maior do que deveria ser.

Esse movimento que começou ai no Montreal Screwjob talvez tenha alcançado seu pico na pipebomb de CM Punk, que segundo alguns começou a chamada “Reality Era” na WWE.

O gosto moderno por reality shows e a vontade da WWE de sempre se inserir na cultura pop certamente contribuiu para isso, além de uma network que precisa de conteúdo, cada vez mais a WWE abre suas portas para documentários e especiais onde vemos não os lutadores, mas as pessoas que os interpretam, seus dramas, seus problemas, isso pode acrescentar mais nuances aos personagens, mas ao mesmo tempo mata muito do lado “mágico” do Wrestling.

 


 

Não é uma coincidência que a Reality Era tenha acabado com gimmicks mais fantasiosas do tipo Undertaker e Kane, hoje na wWE temos apenas o Fiend representando esse tipo de personagem, e reparem no tipo de distanciamento que Bray Wyatt mantém desses programas da WWE.

Se Undertaker aparecesse em documentários e especiais como Mark Callaway, isso teria destruído parte da aura do Deadman, tudo faz parte da programação da WWE, imaginem ver um filme de terror, e antes de uma cena onde deveria ter um grande susto, você vê os atores contando suas historias de vida e os momentos que tiveram, para em seguida voltamos a parte de terror, existe uma quebra.

Quanto mais o real entra menos espaço existe para a fantasia, isso termina em coisas bizarras como o Raw Underground, qual o sentido daquele show? Um show que parecia mais real e mais parecido com MMA de certa forma era expor o show normal da WWE como algo falso. E toda a falta de coerência, gente que víamos apanhar por semanas na programação normal, de repente lá lutavam muito bem e pareciam irreconhecíveis.

 


 

Existe todo um lado esquizofrênico dessa Reality Era, lembro-me do auge do personagem de heel da Stephanie durante a Authority, onde ela desempenhava o papel de vilã que todos deveríamos odiar, então depois de ela nos dar todas as razões para a odiar por vê-la prejudicar os heróis, vemos ela em segmentos de caridade da WWE visitando crianças num hospital de câncer. Wrestlers que aleatoriamente em suas redes sociais agem como eles mesmos ou mudam para agir como suas gimmicks aleatoriamente.

O que quero dizer é, as gimmicks são importantes para os personagens, boa parte do problema que temos hoje na WWE, além das storylines ruins, são wrestlers que não tem carisma para atrair as pessoas, para mim isso passa pela falta de personalidade dada a eles. Não vemos personagens distinguíveis que queiramos acompanhas suas jornadas.

O face é aquele que tenta chegar ao título de forma limpa, o vilão é aquele que trapaceia para conseguir isso, e é apenas isso, o wrestler não segue uma linha, o mesmo Seth que machucado e arrasado não fugia de Brock Lesnar quando é face, de repente foge assustado de Dominick Mysterio quando se torna heel.

 


 

Isso gera zero de interesse para boa parte das historias, que no fim se resumem a pessoas tentando ganhar o título uns dos outros. Quando na verdade o wrestler devia ter um caminho de evolução pensado para ele durante todo um ano ou temporada, algo que não é complicado de se fazer, a Lucha Underground mostrou como fazer Wrestling por temporada e como isso tornou o produto soberbo em termos de qualidade, com personagens tendo desenvolvimento com começo, meio e fim.

Digam-me o que acham sobre a Reality Era. Pensam que existem boas gimmicks hoje na WWE? Acreditam que hoje ainda é possível ter personagens sobrenaturais? Acham que esse lado real dos wrestlers devia ser mostrado pela WWE?

 

And that´s the bottom line cause Boo said so. 

 

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10 comentários:

  1. Pensam que existem boas gimmicks hoje na WWE?

    Eu não ando acompanhando muito a WWE, sequer vejo os vídeos no Youtube, e acredito que o seu texto se justifica pelo Bray Wyatt ser a única coisa de diferente que chama a atenção, pois é um personagem complexo onde queremos saber mais sobre o que ele pensa, quais serão seus próximos passos e até onde ele pode chegar. Fora isso tem lampejos de bons personagens por curtos períodos de tempo, como esse Randy Orton de agora ou o Drew McIntyre, até o Roman Reigns. Mas são coisas que você vê o auge acontecendo, no caso agora, mas já sabe como tudo isso vai ser estragado pelo booking básico da WWE no futuro, é isso que dá uma puta broxada.

    Acreditam que hoje ainda é possível ter personagens sobrenaturais?

    É um tema interessante pra se pensar, a Lucha Underground mostrou ser possível, mas mesclar o sobrenatural com a reality era é um pouco mais confuso. Eu acho um tema complexo pq todo entretenimento atual com as redes sociais tendem a andar lado a lado com a "vida real" de quem os faz, talvez seja um reflexo da modernidade, que a fantasia já não tenha mais tanto espaço.

    Acham que esse lado real dos wrestlers devia ser mostrado pela WWE?

    Lendo o artigo eu me lembrei de outro caso fora do wrestling onde a vida real acabou trazendo um hype absurdo para o personagem sobrenatural. Foi no caso do Heath Ledger interpretando o Coringa, onde a entrega do ator se conectou completamente com o personagem e a junção das duas coisas, mais a tragédia trouxe um algo a mais para aquele Coringa se simplesmente fosse ignorado tudo sobre o Heath Ledger e víssemos apenas o Coringa ali em si.

    Enfim, eu sou totalmente a favor do wrestling mais fantasioso, mas eu gosto muito de ver e tentar entender como esse lado entre pessoa e personagem também pode agregar ao produto, tanto positivamente como negativamente. Dei uma viajada pq curti demais o artigo kkkjkk, acho que a melhor edição até agora.

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    1. Concordo, na WWE tudo parece ter prazo e você imagina que não conseguem manter o hype por 3 ppvs sem estragar, mas como você citou bem esse Orton de 2020 é um dos pontos altos da carreira dele.
      No caso da Lucha acho que eles tinham um universo próprio e tornava tudo possível dentro daquela mundo, mas na WWE hoje parece bem complicado quando ate o Undertaker eles fizeram questão de "humanizar".
      Essa pirada do Ledger é algo um pouco nesse sentido também, as fronteiras entre a ficção e a realidade se dissolvendo, como quando tem storylines envolvendo coisas pessoais como o Jericho falando do pai alcoólatra do Punk.
      Não é totalmente errado, pode gerar boas historias como tudo aquilo do Edge e Matt Hardy envolvendo a Lita, da para interpretar assim também e ver que é difícil hoje não envolver isso com as redes sociais expondo cada vez mais os wrestlers.
      Muito obrigado pelo comentário.

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  2. Acho q os wrestlers tem direito de tacar o terror na net e nas novinhas. Essa desgraça de kayfabe no mundo atual n funciona +, só se vc for filho do Tião e achar que tudo isso é real.

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    1. Era um pouco a discussão também, se ainda era possível nesse mundo atual com tanta informação e exposição, um bom exemplo é nem o Undertaker ter conseguido mais se manter fora disso.
      Boa lembrança do grande Tião do post do Feher, e obrigado pelo comentario.

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  3. Pensam que existem boas gimmicks hoje na WWE?

    Por incrível que pareça existem sim. O The Fiend é a melhor gimmick da companhia desde que surgiu. Além disso temos o Sami que incorporou bem o vilão supertrapaceiro, o Elias que toca violão e foda-se, e o Hurt Business como uma grande corporação do roster.

    Acreditam que hoje ainda é possível ter personagens sobrenaturais?

    Perfeitamente, mas para tanto é preciso que o lutador se toque que está desenvolvendo um personagem que é fora do normal, e portanto, se ele tiver redes sociais deve evitar de postar que sua vida é normal para tentar manter a kayfabe, morta há um quarto de século pelo grupo dos maiores babacas que o wrestling já conheceu. Mas acho que com muito esforço dá pra ter um personagem sobrenatural nos dias de hoje.

    Acham que esse lado real dos wrestlers devia ser mostrado pela WWE?

    Nem a pau. Eu por exemplo não me interesso pelo o que o Jason Schurlo ou a Pamela Martinez fazem. O que interessa é o que Elias e Bayley (respectivamente) fazem. O que eu como consumidor do produto quero consumir é o personagem e não a pessoa. E nesse ponto a WWE se perdeu ao tentar tornar os personagens mais realistas.

    A inserção do realismo no mundo da luta falsa somado ao overbooking consagrado nas indies acabou criando essa sopa de otários sem sal que compõem a geração do wrestling dos tempos atuais. Na WWE mesmo a coisa é muito acentuada com muitos caras sendo cópias uns dos outros, e isso é horrível e não deveria estar acontecendo, mas é o que tem pra hoje, e pelo menos temos alguns caras que conseguem desenvolver personagens interessantes dentro dessa pasteurização dos lutadores.

    Só pra completar, isso se vê muito em novela também. Os atores mais queridos nos tempos de hoje são justamente aqueles que menos se expõem nas redes antissociais, ou vocês pensam que foi a toa Marina Ruy Barbosa, Bruna Marquesine e Bruno Gagliasso pararem de atuar? Eu me importo com a capacidade artística do ator, não com suas propagandas de moda ou posicionamento político. Isso não me interessa nada. Eu quero é que o personagem na novela ou filme esteja bacana.

    Infelizmente Boo, a pasteurização das pessoas está acontecendo após a globalização e o advento das redes sociais, onde as pessoas são induzidas em massa a serem idênticas a outras, formando uma geração de pessoas sem uma gota de carisma ou de cultura. Geração Netflix é uma ova, aqui é Sessão da Tarde!

    Ótimo trabalho Boo, e que bom ver você postando em duas semanas consecutivas! Rumo ao décimo! Desculpa o textão e um Forte Abraço!

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    1. Concordo com o Fiend e Elias, com o Sami com ressalvas e o Hurt Business acho que ainda precisam se provar um pouco mais, acrescentaria esse atual Reigns que tem muito potencial de ser o grande ponto da carreira dele.
      Eu me foquei em tudo aquilo envolvendo o Montreal Screwjob, mas foi uma boa lembrança ter trazido também os Kliq para a discussão.
      É um pouco o que penso, mas acho que na prática fica difícil porque hoje já não depende tanto do wrestler mas também da WWE que gosta da exposição.
      Acredito que depende de como é feito, tem exemplos de wrestlers que conseguem separar um pouco mais as coisas, mas no geral acho complicado, a WWE nos passa um documentário onde vemos toda a enorme amizade entre a Sasha e a Bayley, e depois nos apresenta elas tentando se matar num ppv, penso que quebra um pouco o clima.
      Nesse ponto eu fico um pouco em duvida sobre aquilo do quem veio primeiro o ovo ou a galinha, já havia um pouco de perda de personalidade com a reality era com os wrestlers ficando meio iguais, e sendo assim o que tinha para prender as pessoas ficou sendo apenas o lado in ring da coisa, nas indys pode funcionar, mas quando vai para a tv ficamos sentindo falta de algo mais.
      Sem desculpas pelo comentário, eu que agradeço porque a ideia é mesmo saber o que pensam do tema, o individuo é uma das minorias mais ameaçadas hoje, com cancelamentos, e todo tipo de movimento de manada, coisas como aquela serie game of thrones que tinha boa parte do sucesso no fato de "todo mundo" ver então os outros assistiam para não ficar de fora da conversa do grupo.
      É uma enorme mediocridade e necessidade de aceitação, porque no fim você não mostra o que você é mas uma versão sua que acha que as pessoas vão aceitar.
      Obrigado pela discussão e pelo comentário Big Vic.

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  4. Eu acho que a Reality Era é muito baseada no sucesso gigante do UFC de 2010 pra cá. Se antes nos anos 80 a empresa se baseava bastante nos quadrinhos de super heróis, e nos anos 90 era mais os anti heróis de filmes de ação, hj eles tentam ir na vibe de fazer lutadores mais "reais" que podem realmente se virar em ringue, único problema disso é justamente o carisma. Até o próprio UFC precisa de gente carismática pra vender suas lutas, as pessoas não gostam do Khabib porque ele venceu 28 seguidas, gostam dele porque o cara parece um vilão russo de filme dos anos 80, falando que vai esmagar geral, msm coisa o Mcgregor que era essa figura cartunesca, o Sonnen com um cartel que nem é tão bom é uma lenda por causa do gigante carisma dele, tem um monte de exemplos.

    Agora oq aquele RAW Underground trazia??? as pessoas argumentavam que ia deixar gente over, ta, mesmo que deixasse, ia ser gente aleatória que venceram outras pessoas aleatórias em um lugar aleatório, como isso ia construir um personagem cativante para eles??? não tem como, e esse é meu grande problema com a Reality Era.

    Agora sobre a Kayfabe, acho que no mundo moderno é difícil vc esconder seu real vc, mas claro que tem um limite, eu vi um video de um cara dizendo que pra ele o momento que a kayfabe morreu foi quando o Undertaker fez um twitter, porque agr ele imaginava ele com attire e tudo, com um celular na mão. Pra mim tem um limite, e esse exemplo da Stephanie é um dos melhores, chegou em um ponto que o perfil dela la no site da WWE tinha um disclaimer que ela era um personagem, e não representava a pessoa, por causa de todo o trabalho de caridade, é muito bizarro mesmo. Pra mim o nível certo é oq o Moxley e o Bray fazem, a gente sabe com quem eles são casados, sabe da vida pessoal deles, mas eles escondem tão bem, que a gente consegue facilmente imaginar esse badass brigador e aquele apresentador com dupla personalidade.

    No mais, tem sim espaço para gimmicks no wrestling, mas o interprete vai ter que se comprometer com isso, nada de ficar fazendo live na twitch 2 hrs por dia e essas merdas, o MJF é um ótimo exemplo. E tem um pouco de ego tmb, coisa dessa geração, achar que os fãs tão preocupados com cada passo que o intérprete do wrestler dá, sendo que muitas vezes não é o caso.

    Eu não consigo deixar de notar a gigante ironia do Cornette defender tanto a kayfabe e participar do documentário que revela tudo dos bastidores. Edição 10/10, ainda melhor que a anterior, dois artigos no mesmo mês??? EMPOLGOU.

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    1. O boom do UFC certamente tem sua influência e acentuou a preferência do Vince por aquele determinado biotipo de lutador, e realmente e curioso como hoje vemos muitos puristas do MMA reclamando justamente disso, que para vender, para aparecer cada vez mais lutadores tem apelado para trash talk tentando dar mais cores e emoção a luta.
      O Raw underground foi uma ideia doida de quando a WWE semanalmente tinha sua pior audiência da historia e chegou a 1 milhão e meio, não tinha sentido naquilo e nada de bom veio dali.
      Aquele documentário sobre o Undertaker acho que foi o fim da kayfabe para muita gente, ver ele naquele estado foi um duro golpe em quem queria ter aquela imagem idealizada do Deadman.
      É um bom ponto, esses wrestlers não serem muito ativos nas redes sociais acho que também ajuda nisso, eles querem concentrar tudo no personagem que tem.
      O MJF é o exemplo perfeito, desde aquela polemica em que ele foi heel ate com uma criança numa sessão de autógrafos ate o genial documentário feito com ele por um canal especializado em wrestling indy. https://www.youtube.com/watch?v=IJGYy1X_6Ok&t=600s
      Tudo que ele faz sempre tentando se manter no personagem e ser esse vilão.
      O Cornette é um grande babaca e também um grande personagem, tem momentos que ele parece um pouco esse cara que tá sempre na sua gimmick de purista do wrestling oldschool.
      Empolguei para garantir que não sou um vagal como certas pessoas que postaram um quadro e depois sumiram na semana seguinte.
      Muito obrigado pelo comentário.

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  5. Antes de mais nada, pq não escreve com mais frenquencia?! Seu nivel de escrita é extremamente alto, não posso deixar de elogiar.

    E sobre o assunto, legal vc ter citado o lance do Seth como exemplo, não faz o menor sentido uma hora vc partir pra cima de um gigante mesmo estando machucado, e na outra ter que trapacear pra vencer um garotinho, é essas coisas cliches de heels e faces que me irritam, por isso quando aparece um twineer/anti heroi acaba ganhando um pouco mais de interesse, justamente por sair desse padrão heel/face e ter um pouco de imprevisibilidade em suas açoes (qual sera o proximo movimento dele?! quem ele vai atacar).

    E sobre quebra de Kayfabe, da pra usar o proprio Seth novamente como exemplo, no ano passado, alem do booking fraco para os reinados como Universal Champion, o que atrapalhou sua run como face foi ser um completo idiota no twitter, fazendo varias declaraçoes sem necessidade, que por mais que sejam opinioes dele, não é algo que o top face da empresa deveria fazer, e deu no que deu... agora imagina se não houvesse twitter, ou apenas, ele ficasse sem falar tanta merda... realmente as redes sociais atrapalharam bastante o mundo do wrestling, se tratando de kayfabe.

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    1. Falta um pouco de motivação com o wrestling, tempo e também um pouco de preguiça, mas quem sabe a periodicidade aumenta um pouco, mas sem promessas.
      Para mim o principal problema é que cada wrestler não é ele mesmo sendo heel ou face com trejeitos e características identificáveis, a impressão que tem é que sendo heels ou faces eles tem coisas padrão que todos fazem e isso os torna genéricos.
      Também é um exemplo, como coisas de fora do wrestling acabam as vezes mais atrapalhando do que ajudando, polêmicas desnecessárias, coisas que não ajudam em nada e que parecem mais comportamento de subcelebridades. Parte do problema ai é eles usarem redes sociais onde agem hora como personagens e hora expondo as opiniões pessoais.
      Muito obrigado pelo comentários e pelos elogios sempre tão gentis.

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