Vencedor: Sami Zayn vs AJ Styles vs Jeff Hardy no Clash of Champions

Inesperadamente insano. Essas duas palavras talvez adjetivem bem o que foi esse combate triplo pelo título Intercontinental, que serviu como abertura para o ótimo Clash of Champions que tivemos. Os três abusaram dos spots, e de maneira bem ordenada, contando histórias de alternância entre os lutadores do começo ao fim, onde tivemos Sami Zayn a se consolidar como homem dos mil truques após prender Jeff Hardy PELA ORELHA numa escada com algemas e se prender ao Styles com outra, soltando-se apenas quando Styles estava no topo da escada, prendendo seu rival por lá e subindo tranquilamente rumo a vitória. Todos os combates que aparecem nas menções honrosas eu recomendo, mas este talvez tenha se destacado mais perante o resto.

Menções Honrosas: AJ Styles vs Daniel Bryan (SmackDown em Junho), Elimination Chamber Match de Duplas, Drew McIntyre vs Randy Orton (Clash of Champions), Drew McIntyre vs Dolph Ziggler (Extreme Rules), Bayley vs Sasha Banks (HIAC) e Roman Reigns vs Kevin Owens (TLC)

Vencedor: Andrade com o United States Championship

Eu deixei de fora de propósito os reinados curtos demais, como o do Orton com o WWE Championship ou o segundo do The Fiend com o Universal. E o Andrade acabou levando esse prêmio. Primeiro por que ganhou em um Live Event, ou seja, pouca gente viu ele ganhando. Aí ele continua sua feud contra o Mysterio (o antigo campeão) e contra o Humberto "carisma" Carillo, que perdeu para o Andrade no Royal Rumble. Depois, ele é suspenso e fica um mês de fora, sendo substituído pelo Garza na feud (que se mostrou mais completo que o mexicano), que durou até o Elimination Chamber, onde ganhou (e ninguém tava ligando pra feud). Aí ele ao invés de defender na WM seu título, faz dupla com o Garza e vai atrás dos títulos de duplas no evento. Em vão é claro. Detalhe: ele se lesionou em cima da hora e o Theory lutou em seu lugar. Aí ele tava tão irrelevante que perdeu o título um mês depois pro Apollo Crews, que na época, gozava da proteção do Heyman. Um reinado em que ele mal lutou por lesões e foi suspenso bem no meio, sendo ofuscado até mesmo pelo Garza, com uma feud sem envolver ele ou o título no meio, não poderia ter sido pior. O reinado quebrou o momento dele e do título, que estava bem com o Rey e só se recompôs com a Hurt Business.

Menções Honrosas: Braun Strowman (Intercontinental), Keith Lee (NXT), Goldberg (Universal), Rhea Ripley (NXT Womens), Asuka (RAW Womens)

Vencedor: Drew McIntyre com o WWE Championship (o primeiro reinado)

Roman Reigns e Bayley que me perdoem, mas a qualidade das defesas do Drew McIntyre durante seu primeiro reinado como WWE Champion falou mais alto nessa escolha. Isso por que não teve uma que tenha sido ruim, todas ou foram razoáveis ou foram boas e a maioria ótimas pra cima, mostrando o quão bom atleta o escocês é. Isso sem contar que ele é bom nas promos e conseguia trocar promos de igual para igual contra outros lutadores reconhecidamente melhores do que ele nesse quesito (como MVP e Seth Rollins por exemplo). Sem contar que ele acabou com Brock Lesnar e manteve constante a presença do WWE Championship no RAW, coisa que não existiu durante a Brock Party, então foi mais um ganho. E ainda por cima o Drew ficou tão over como campeão da WWE que foi necessário o melhor heel do ano para encerrar o reinado, e isso já no apagar das luzes. Um reinado que consolidou o Drew como um dos rostos da empresa para o futuro é merecedor desse prêmio!

Menções Honrosas: Roman Reigns (Universal), Bayley (SD Womens), Bobby Lashley (United States), Sami Zayn (Intercontinental)

Vencedor: RETRIBUTION

Só botei as menções honrosas por que tem que ter menção em todas as categorias, mas a RETRIBUTION ganha disparada de todas essas porcarias de gimmick. É uma mistura fracassada do que tinha de pior na Nexus e na Sanity. Fico me perguntando se a WWE vai fazer dessa gimmick de stable anarquista sua Emmalina das stables, por que já são a quarta stable que fracassa nesses moldes, e dessa vez foi longe demais. Só apareceram nos PPV para perderem, sua vitória mais relevante é contra o Ricochet, eles falam nada com nada, são liderados pelo Mustafa Ali e tem uns nomes rídiculos (T-BAR bicho) e umas attires de festa de halloween da quinta série. Uma soma de coisas ruins que a própria WWE felizmente abriu mão logo de cara. Ganham com moral esse Award.

Menções Honrosas: King Corbin, Rhea Ripley/Shotzi Blackheart Roqueirinha, Nia Jax gorda bully, Monday Night Messiah, Shorty G baixinho, Sonya Deville ciumenta

Vencedor: Roman Reigns Tribal Chief

E o melhor estreou no último semestre: Reigns estreou essa gimmick em setembro, e de cara conquistou o Universal Championship, já com Paul Heyman ao seu lado. Além disso, ele se porta como um heel que quer impor sua família de samoanos como a mais dominante do wrestling, e para isso, ele vai passar por cima do que tem de passar, independente de ser seu primo ou qualquer outro lutador. Isso tudo com uma calma nos segmentos e uma fúria indomável no ringue. Tudo dosado de maneira perfeita e com os Usos servindo como ótimos lacaios e potenciais Tag Team Champions. Aonde Roman Reigns é capaz de levar a sua tribo no SmackDown? Não sabemos, mas a tendência é de que a melhor gimmick do ano, que calou a boca dos críticos do Reigns adentre 2021 da mesma forma que terminou este ano: dominando tudo.

Menções Honrosas: Undertaker híbrido, Orton Legend Killer, MVP da Hurt Business, As três faces de Wyatt, Bayley Golden Role Model

Vencedor: Hurt Business

Vocês podem estar se perguntando "por que a Hurt Business e não os Street Profits?". Digo o por que. Os Profits, embora sejam a melhor dupla da WWE e estejam como campeões de duplas há quase 300 dias com seus dois reinados, eles pagaram o pato por terem ficado apenas na divisão mais fraca da WWE, as vezes com um booking aleatório para si e poucas aparições em PPVs. A Hurt Business não, eles sempre conseguiram se manter nos PPVs por conta da vantagem numérica, mantendo-se no midcard com uma relevância considerável (e surpreendente), terminando o ano com um domínio completo do midcard do RAW, com Lashley, Alexander e Benjamin campeões e o MVP ilustre nas promos como de costume. Com justiça eles merecem o Truth Award desse ano.

Menções Honrosas: Street Profits, New Day, Artistas Artísticos, Golden Role Models

Vencedor: Exame de Urina do Jeff Hardy

Vamos lá: Sheamus estava em feud com Jeff Hardy tentando explorar o problema de vício em drogas e álcool dele. Então, ele marca um exame toxicológico de urina para o rival. Aí temos que ver um lutador caminhar até o ring e "urinar" num copinho e pior: ele JOGA A URINA no Sheamus. "Ah, mas não é urina de verdade". Sabemos disso, mas a questão é o simbolismo: aquilo se passava por urina e um cara joga urina no outro. Em plena pandemia. Que nojo!

Menções Honrosas: Bill Goldberg promando após vencer o Universal Championship, Concurso de Karaokê do SmackDown, Nia Jax atirando Lana em uma mesa, o segmento onde Nia Jax toma uma suspensão, o segmento do retorno do Spin a Wheel Make a Deal

Vencedor: The Undertaker se aposenta no Survivor Series

Talvez esse tenha sido o segmento mais emocionante que eu vi ao vivo na WWE. As lendas amigas dele vem ao ringue e fazem uma junção dos nomes ligados ao Phenom. Depois o Vince, visivelmente emocionado, faz um discurso de introdução, e a lenda, usando todos os recursos do Thunderdome, vem até o ringue, e sozinho, faz a sua reflexão sobre a carreira e sua promo de aposentadoria, dizendo que é hora do Undertaker descansar em paz e terminando sua longeva carreira. A chave de ouro foi na hora que ele se ajoelhou e fez sua taunt, com o holograma do Paul Bearer segurando a urna, em uma dupla homenagem que simboliza o fechamento de um ciclo da forma mais emocionante possível. Um segmento sensancional que fechou o Survivor Series com chave de ouro. Thank You Taker!

Menções Honrosas: Randy Orton turnando heel no Edge, R-Truth entrando e saindo da RR Match, Roman Reigns se tornando um Paul Heyman Guy, Gobbledy Gooker no Survivor Series, Qualquer um da MITB Ladder Match

Vencedor: O Retorno de Gobbledy Gooker no Survivor Series

E lá estava o R-Truth concedendo mais uma de suas entrevistas hilariantes no painel do pré-show quando me aparece o peruzão de ação de graças (estávamos próximos do feriado americano) todo alegre e tals, e eis que ele VENCE o R-Truth pelo 24/7 Championship, perdendo de volta após cair naquelas armadilhas de pegar passarinho que só funciona no episódio do pica-pau, com o R-Truth recuperando o título. O festival de aleatoriedades, somado ao simbolismo do peru ter aparecido no mesmo evento em que também completava 30 anos do seu debut na WWE (tal qual Undertaker), tornaram este o momento mais aleatório do ano.

Menções Honrosas: Viking Raiders vs Street Profits no Payback, O heel-turn do Tucker no HIAC, Lars Sullivan promando, R-Truth entrando e saindo da RR Match, Shayna Baszler vampirona

Vencedor: Seth Rollins vs Mysterio Family

O problema dessa feud em relação ás que ficaram nas menções é que os nomes do Seth e do Rey são pesados demais para uma feud tão fraca e que até agora só serviu para que os filhos do Rey se promovessem nas carreiras de lutador e atriz, e para que o Murphy se promovesse lutando também. Foi uma feud que durou demais (SETE meses), que teve combates sem sentido (como a infame Eye for an Eye) e que só atrapalhou os envolvidos. Um dos pontos baixos de 2020 e algo que não queremos ver em 2021 novamente. Que cada um siga seus caminhos no ano que vem, por que já deu desses dois rivalizando.

Menções Honrosas: Lana vs Rusev, Roman Reigns vs King Corbin, Nia Jax e Shayna Baszler vs Lana e Asuka, Otis e Mandy Rose vs Dolph Ziggler e Sonya Deville, Shayna Baszler vs Becky Lynch

Vencedor: Bray Wyatt vs Braun Strowman

Surpresos? Quem diria que Bray Wyatt e Braun Strowman teriam a feud do ano? Muito se deve a duas coisas: a primeira é que envolveu o Universal Championship, o que tornava importante (isso enquanto Roman Reigns não estava na WWE), e segundo, a criatividade de booking, uma vez que Bray Wyatt usou as suas três faces, de forma gradual de importância para, não só terminar a feud como Universal Champion (tudo bem que o Reigns voltou logo de cara), como promover uma mudança necessária no personagem do Strowman (que passou a ter mais traços de heel), e para fechar, foi nessa feud que o The Fiend abduziu Alexa Bliss para que ela se tornasse a Sister Abigail, num momento inesperado e que pode respingar de forma útil na divisão feminina. Não teve continuidade, não teve combates memoráveis, mas a parte artística e o fato de ser uma feud que se manteve interessante por quatro meses com o Strowman envolvido justificam essa vitória. Eu quase dei o Award pra Edge vs Randy Orton, mas a lesão do Edge deixou a feud com cara de inacabada, então fica pra próxima.

Menções Honrosas: Edge vs Randy Orton, Drew McIntyre vs Randy Orton, Bray Wyatt vs John Cena, Undertaker vs AJ Styles, Bayley vs Sasha Banks

Vencedor: Stadium Stampede Match

Eu tinha que conceder um Truth Award para esse combate de alguma maneira, e resolvi criar essa categoria, aproveitando que vi muito pouco da AEW em 2020. Lá no mundo dos Khan, esse combate entre a Inner Circle e a Elite por si só já era uma Dream Match entre as facções que mais se destacaram nesse começo da empresa, mas aí a AEW deu a liberdade para seus lutadores abusarem do estádio e de momentos cômicos e construtivos para os personagens, como a perseguição do carrinho de golfe, Jericho chamando o VAR, Adam Page bebendo com o Jake Hager antes de brigar (o Jake Hager teve um momento genuíno de comédia graças a esse combate), o Matt Hardy aloprando a LAX na piscina, na freezer e nos sinos, entre outros momentos icônicos desse combate. Se você não viu, veja, por que foi a coisa mais legal que eu vi na AEW em 2020 (e também no estádio do Jacksonville Jaguars).  

Menções Honrosas: Crossover com a Impact, Inner Circle em Las Vegas, Final Deletion do Full Gear, Bucks vs Revival (Full Gear), Debut do Brian Cage

Vencedor: NXT Takeover In Your House

E quem diria que o NXT entregaria o pior Pay-Per-View deste ano, e justamente sendo o primeiro durante a pandemia? Pois bem, esse evento teve uma introdução genial pelo nome e tinha um card bem legal e que poderia entregar bons combates como de costume, mas o que se viu foi o oposto disso. Primeiro, tivemos um opener horroroso entre o time Candice e o time da mina do canhão que é um canhão (sim, essa feud já dura SETE meses). Depois, o único combate bom da noite (Bálor vs Priest), na sequência um combate modorrento e longo demais entre Luis Carlos e o Gargano pelo NA Title, em seguida a pior luta cinematográfica de todos os tempos entre Adam Cole e Velveteen Dream, no Co-Main Event, um combate rápido demais e sem graça entre o Kross e o Ciampa e por último o combate pelo título feminino marcado pela vitória da Io Shirai sobre a Charlotte e a Rhea em que a Charlotte salvou a luta e a Rhea emulou a Mandy Rose e não conseguiu fazer nada direito, nem mesmo sofrer o finisher de maneira adequada, quase arrumando um problemão para a mesma. Uma soma de tudo o de pior que o NXT é capaz de entregar e que infelizmente mostrou aos fãs que a queda do NXT estava acontecendo. 

Menções Honrosas: Super Showdown, Extreme Rules, Payback, Backlash e Takeover XXX

Vencedor: Clash of Champions

Não teve como ser outro por que nesta noite a WWE acertou a mão e fez o arroz com feijão bem feito demais: primeiro, a estipulação do evento foi seguida à risca e apenas os títulos foram defendidos, sem nada além. Segundo, não tivemos coisas ruins de graça (Bayley vs Asuka upou o combate contra Banks no HIAC), e terceiro, tivemos três excelentes combates com todo tempo a que tinham direito: a insana Ladder Match pelo Intercontinental Championship, a melhor Ambulance Match dos últimos tempos entre Drew McIntyre e Randy Orton (com seu plot twist das lendas) e o combate entre Roman Reigns e seu primo Jey que revelou o quão brutal de fato o personagem novo do Romano poderia ser. Foi um evento que encerrou as rivalidades que deveriam ter acabado (ou não), serviu de construção para o HIAC em alguns momentos, teve seu tempo muito bem distribuído e combates memoráveis. Faz a cartilha WWE!

Menções Honrosas: Elimination Chamber, Royal Rumble, Summerslam, Hell in a Cell, Wrestlemania

Vencedor: Goldberg

Quase hein Goldberg? Quase que você deu uma pixotada nessa! Lars Sullivan fez por merecer já que ele praticamente só sabe aplicar dois golpes também, mas é irrelevante. Pat McAfee ainda consegue promar mesmo que não consiga lutar nadinha, tendo potencial de melhora por ser novato, Otis é carisma e só, T-Bar era pra perder até aqui por que ele teve alguns bons combates nos tempos áureos como Dijakovic, e o Strowman esteve pelo menos em dois bons combates mesmo não sendo um grande lutador (a Survivor Series e a RR Match). Então apesar de só aparecer durante a RTWM, fez o mesmo estrago de anos atrás e não serviu para nada, nem pra deixar o Strowman over. Parabéns Bill, Who's Next?

Menções Honrosas: Otis, Braun Strowman, Mojo Rawley, T-Bar, Lars Sullivan e Pat McAfee

Vencedor: Drew McIntyre

O ano foi todo do escocês. Não bastasse ter sido o primeiro britânico a vencer a Royal Rumble Match e o WWE Championship (Sheamus NÃO é britânico) na Wrestlemania, o fez com maestria, amassando Brock Lesnar nas duas ocasiões. Depois, teve um reinado muito bom, com sucessivas defesas bem feitas e boas rivalidades, a destacar contra Randy Orton, que foi uma das melhores rivalidades desse ano. Não a toa que ele ficou só duas semanas longe do título após perdê-lo e já está no seu segundo reinado: não há melhor babyface do que ele no roster e em 2020, ninguém na WWE lutou melhor ou foi mais regular que o escocês.

Menções Honrosas: Roman Reigns, Daniel Bryan, AJ Styles e Randy Orton

Galera, quem diria que em 2018 quando eu comecei a escrever esse quadro eu estaria quase em 2021 escrevendo a centésima edição dessa bagaça? Nem eu acreditava nisso. Quando criei o quadro eu pensava em escrever umas cinco a dez edições e depois ir embora, mas graças à atenção e ao carinho que vocês me deram eu continuei até a edição 15, depois parei por uns meses e voltei novamente, e desde então continuei sem parar nessa jornada, e agora, não faço a menor ideia de quando o quadro vai acabar. Pode ser que acabe do nada, pode ser que dure muito tempo, não sei. Só sei que tenho que agradecer a cada um que comenta, a cada um que lê ou até mesmo a cada um que apenas clica no quadro e nem lê mesmo. Vocês são demais! Vocês que me motivam a cada edição de procurar coisa nova só pra colocar uma edição a mais e poder trocar uma ideia com cada um. Vocês são o coração deste quadro, muito obrigado família NWO!

E por hoje é só turma, fim de Truth Awards 2020. Muita gente ganhou prêmios esse ano, mas a destacar Drew McIntyre, Roman Reigns, AJ Styles, Undertaker, MVP, Goldberg, T-Bar e o Jeff Hardy, que venceram em duas categorias. Lembrando que a premiação não tem caráter oficial e é apenas um piratão alternativo do Victor X (o NWO Awards é oficial por abranger o Wrestling todo, incluindo Japão, Inglaterra, etc). Até pensei em colocar coisas da AEW neste ano mas não considerei justo por não ter acompanhado a empresa por tempo suficiente. Mas comentem aí: acharam justas as premiações? Teriam trocado algum vencedor? No mais, um feliz natal e um excelente ano de 2021 para todos. Vejo vocês em breve, em algum momento de janeiro. Forte Abraço!