Bom dia, boa tarde e boa noite senhoras e senhores que acessaram esta postagem. Empolgados com o Natal se aproximando? Satisfeitos com o seu próprio time? Satisfeitos com o Super Grêmio? Espero que sim, e vamos falar do mais difícil (em tese pela toxicalidade do mundo) nessa segunda parte de resumos desse ano da WWE que está na beira de acabar (ufa), agora elencando as cinco melhores coisas que a empresa bolou e viu funcionar nesse ano. Então vamos lá, sente-se na cadeira e se prepare para a lista: 

E abrimos a lista com uma rivalidade em que a gente se empolgou no começo, depois passou a olhar torto para ela, mas no final aceitou como ela é e como terminou (parece uma analogia com a vida não é mesmo?), onde vimos Edge e Seth Rollins se degladiando ao longo deste ano entre SmackDown e RAW para ver qual dos oportunistas históricos era o melhor, e nessa o mais velho venceu como de praxe na WWE de hoje em dia. Os três combates foram bons e um ponto positivo a mais dessa feud que entregou promos boas em cascata esteve no fato de que cada combate da feud foi melhor que o antecessor: primeiro tivemos aquele combate bom com final esquisito do Summerslam, depois um combate recheado de storytelling em um SmackDown, e por fim, a excelente Hell in a Cell na Arábia, que foi um dos melhores combates do ano da WWE. Foi uma rivalidade que cumpriu com a missão de deixarem ambos bem na fita e o público agradado. 

E por falar em Crown Jewel seguimos na lista falando agora de todo aquele que talvez tenha sido a grande surpresa positiva da WWE neste ano em questão de Pay-Per-Views, visto que os eventos anteriores em solo árabe eram ou ruins ou intragáveis, mas esse não, foi um evento decente para coroar o retorno da WWE à Arábia, mostrando que o reino pode receber bons eventos com tranquilidade e mostrando que a WWE quando quer entrega alguma coisa, como foi nessa tarde de quinta onde o Goldberg entregou sua melhor luta em pelo menos uns 20 anos, Big E ganhou com autoridade de um Drew McIntyre consolidado (com direito a Kickout do Claymore Kick), Roman Reigns teve que deixar de ser perninha para poder vencer o Brock Lesnar (e quase perdeu), tivemos Queen e King of Ring coroados com escolhas que vão se mostrando acertadas até aqui (Os ótimos Queen Zelina e King Woods), além é claro da excelente Hell in a Cell entre Edge e Rollins que foi uma das melhores nos últimos cinco anos se não a melhor. Um evento muito sólido e bem planejado, como deveria ser qualquer um que a WWE faz, mas ainda não o é, por que a WWE simplesmente tem preguiça de fazer o melhor que pode. 

Abrimos o pódio de hoje com uma ideia aleatória e genial ao mesmo tempo por parte da WWE: juntar em uma dupla personalidades tão distintas como as de Matt Riddle e Randy Orton. Tudo começou após a Wrestlemania, quando Riddle encheu o saco do lendário lutador para que eles formassem uma dupla, até que Orton aceitou a duras penas a ideia, tendo juntos aquele velho clichê de parceiros de dupla que rendem bem juntos mesmo sendo completos opostos. E aqui tudo se deve a excelente química entre um Orton em grande fase há um bom tempo e um Riddle cada vez mais desenvolvido como uma personalidade do entretenimento, gerando segmentos muito bons entre os dois, como o Riddle encarnando o Orton em algumas ocasiões, e claro, muita ação em ringue por parte de dois caras muito bons tecnicamente, Riddle carregando o piano por ser mais jovem e Orton arredondando todo o processo e usando de sua experiência quando é necessário, não a toa sendo campeões há mais de 100 dias e contando. Essa dupla vai acabar em breve com mais um velho clichê de trairagem? Sim, mas isso é para o ano que vem. Para este ano, a união entre os dois foi um dos poucos pontos fortes dos semanais e um dos maiores acertos da WWE em 2021.

Seguimos no pódio dessa edição especial com uma construção pra lá de especial, que foi a do Big E como uma força dentro do roster (algo que está sendo executado neste instante). Primeiro, ele começou o ano como campeão Intercontinental separado da New Day (parte importante da sua carreira a solo) tendo um reinado seguro e perdendo apenas para outra aposta da WWE em um Apollo Crews "renovado" (mas entediante como sempre). Depois de umas mini-feuds com alguns bons combates, veio o grande momento de virada do lutador, que foi a conquista do Money In The Bank, que parece que a WWE lembrou pra que serve esse ano, uma vez que isso mudou o patamar do Big E para algo a ser temido e respeitado mesmo com pouco tempo segurando a maleta. Após ter que vencer o Sad Corbin para se manter com a maleta, ele se aproveitou de um dos raros momentos de vulnerabilidade do Bobby Lashley para se tornar WWE Champion pela primeira vez, e sendo campeão até agora, após derrotar Lashley novamente e vencer o McIntyre com direito a tankar o Claymore Kick. Mesmo perdendo para o Reigns no Survivor Series sua imagem não ficou arranhada, e agora ele está numa feud contra seus antigos e bons rivais Kevin Owens e Seth Rollins, prometendo se consolidar como um dos grandes pilares da WWE nos próximos anos, numa aposta acertada por parte da empresa.

Mas nada foi tão bem feito na WWE em 2021 do que o booking do Bobby Lashley (nem mesmo a sacralização do Roman Reigns na cabeceira de uma mesa, tribo e promotora de wrestling ao mesmo tempo). Lashley já vinha numa crescente desde a formação da Hurt Business em 2020 (um dos pontos altos do ano passado) tendo começado o ano com um reinado sólido como campeão americano, amassando quase todo o midcard da WWE e perdendo o título apenas por que estava em um combate triplo e preparado para um passo ainda maior que o consolidaria na WWE como uma máquina destrutiva de qualquer adversário. Este passo foi o ataque ao Drew McIntyre no Elimination Chamber, em um plano magistralmente orquestrado pelo MVP para que o Drew perdesse o título via cash-in do The Miz (outro presentinho rápido) e o Bobby tivesse um caminho mais fácil para o título, o que realmente se confirmou quando ele venceu o título em cima do Miz no mês de Março, depois passando por cima do The Miz, Drew McIntyre, Braun Strowman, Kofi Kingston, Goldberg e por último Randy Orton, todos com muita autoridade, abrindo passagem apenas para o Big E que tem mais anos pela frente de carreira do que o Lashley (em teoria), mas não importa, nem isso e nem o fato dele ter arrancado uma luta boa de verdade contra o Goldberg mesmo perdendo, o que importa é que graças ao seu excelente trabalho combinado com o do MVP, toda vez que se escuta o tema do Bobby num evento da WWE, saia da frente por que terá destruição por parte de um cara que tava de bobeira, mas tinha potencial e foi alçado ao status de lenda. Não a toa que o booking do Bobby Lashley como uma arma de destruição em massa foi o grande acerto da WWE neste ano que está para acabar.

E é isso galera, final de ano cada vez mais perto, ano novo chegando aí com um monte de treta divertida pra nós resolvermos em nossas vidas e essa edição chegando ao fim. Na visão de vocês, qual foi o maior acerto da WWE em 2021? Vocês teriam mudado alguma coisa da lista? Alguma ordem? Teriam tirado alguém? Respondam aí. No mais, se preparem bem, não morram de ansiedade, separem a roupa de gala por que a próxima edição é festiva, e talvez seja histórica também. Mal posso esperar para postá-la, e mal posso esperar para ver vocês clicando nela. Então uma boa semana a todos e um Forte Abraço!