Truth Questions #160 - A constante inconstante chamada WWE


E LÁ VAMOS EU DE NOVO! É sério, estou de volta para mais uma edição deste quadro fofo e que estava esquecido no fundo da gaveta deste blog. Quando o CEO deste lugar postou o aniversário de 11 anos, fui picado pelo bichinho da nostalgia e resolvi preparar mais um episódio ontem à noite mesmo deste quadro para tirar a ferrugem que habitava por aqui, até por que faz tanto tempo que eu não postava algo diferente dos cards de PPV nesta jabiraca que até o Fúria e o Gabrinho estavam com posts mais recentes. Então depois de uns 400 dias de ausência, chego novamente para analisar o quadro geral da nossa "querida" WWE e lançar a pergunta da vez:


O que houve na WWE desde a edição 159 deste quadro?


E vejam, estou falando de um texto que eu escrevi há mais de um ano, lá em meados de abril do ano passado quando estávamos dando um chute na bunda da pandemia e ainda acreditávamos que o Neymar era capaz de ganhar uma Copa do Mundo. É óbvio que eu não vou sair destrinchando 800 coisas que a WWE fez em um ano por que eu não sou um escrevedor de texto longo igual o Stone. Vou é descrever coisas que me chamaram atenção após olhar como é que tava ano passado na época da edição 159. E estava assim: Roman Reigns tinha acabado de unificar os dois títulos mundiais da WWE e já era reconhecido por aí, enquanto incentivava os Usos a fazerem a mesma coisa só que com os títulos de duplas. Bianca Belair havia acabado de se vingar de Becky Lynch para se tornar campeã do RAW e a Charlotte roubou para se manter campeã do SmackDown. Edge havia acabado de formar o Judgment Day com Damian Priest, Drew McIntyre começava a rivalizar com Roman Reigns, Bobby Lashley com MVP e os RK-Bro, Sasha Banks e Naomi eram os campeões de duplas, enquanto Austin Theory andava com um velho lambão e ainda não tinha vencido títulos, o que me surpreendeu por que eu achava que ele já era campeão americano. O campeão intercontinental eu tive que pesquisar para lembrar que era o Ricochet. Todo mundo refrescado? Agora vamos ver o que rolou de um ano pro outro e chamou atenção:


1 - Vince McMahon "deixou" o rolê

"Larguei a WWE para virar pintor cover do Salvador Dalí. Ei mocinha você pinta como eu pinto?"

Rolou umas notícias por aí de que o Silvio Santos americano andou dando umas sapatadas numas garotas por aí (entendedores entenderão) e teve que pagar uma quantia simbólica de dinheiro para varrer tudo para debaixo dos panos. Mas, nos Estados Unidos têm fuçador de tapete sujo tão eficiente quanto o Léo Dias e o Choquei e esse caso veio à tona, forçando o chefe da WWE a largar o barco depois de 40 anos. Mas, como na roda gigante, uma hora você está por cima, na outra por baixo e vice-versa, então este ano, depois de um período sabático, o coroa volta não só com o visual incrível da foto mas também anunciando a "união" da WWE com o UFC, por meio do grupo Endeavour, num negócio bilionário que devolveu o coroa a WWE (embora de fato ele tenha reduzido a sua participação no todo) e vai garantir uma saúde financeira das mais interessantes a promotora mais conhecida de lutinha falsa do planeta.


2 - Triple H cresceu em termos de poder criativo

"Mó trampo ter que trabalhar com barraqueira e homem butijão. Ainda bem que o ponte de safena tá rodando liso"

Aí quando o Vince teve que sair, alguém teve assumir o controle do barco criativo, e tinha que ser alguém com o coração valente. Washington? Não, esse tá na Band. Falo do Triple H, que assumiu o controle criativo e ainda tem sua parcela de poder mesmo após o retorno do Vince à Stanford. E ele fez umas coisas simples mas que funcionaram bastante, como trazer alguns nomes esquecidos de volta, dar mais tempo para as lutas nos PPVs e tentar diminuir o fator aleatório das storylines, estabelecendo melhor os elos de continuidade (a storyline da Bloodline só emplacou em algo bacana na mão dele) e contando com o fato de que a maioria grosseira do roster principal é formada por lutadores que ele conviveu no NXT e que conhece muito bem como trabalhar com eles. Outra coisa que eu gostei, mas que não tem muito a ver com o Triple H foi o fato de termos mais eventos internacionais, o que foi possível somente com o fim da pandemia. A WWE já foi ao Reino Unido, voltou para a Arábia, foi ao caribe e deve ir a outros lugares também. Dentro do que estavam ofertando nos anos anteriores, houve sim uma melhora na gestão Triple H. 


3 - Alguns nomes ganharam espaço no card enquanto outros sumiram

Gunther teve um ano exemplar em 2022 e vai mantendo o ritmo em 2023

E aí na gestão Triple H tivemos alguns nomes crescendo no card. Uns eram esperados como Austin Theory (que ganhou seus primeiros títulos e chegou a vencer o Money In The Bank) e o Judgment Day (que deu um novo rumo a carreira de Rhea Ripley e indiretamente do Rey Mysterio), e outros se deram bem por conta do Triple H ter ganho poder de influência, como Gunther (que está em um excelente reinado como campeão intercontinental) ou Bianca Belair (que não saiu do cenário dos títulos e não deve sair pelo menos até a próxima Wrestlemania por que ela é da Philadelphia). E tivemos os novos ou inesperados, como Solo Sikoa (que tem tido um booking bem feito desde sua chegada) ou Sami Zayn (que se tornou um dos lutadores mais respeitados do roster após a gestão HHH). Outros nomes foram embora, como Sasha Banks e Naomi, que se cansaram da cara velha e enrugada do Vince e foram brincar de ser felizes em outros ares mesmo sendo campeãs de duplas na época em que saíram, além do Randy Orton que se pré-aposentou por idade ou do Big E que se pré-aposentou por lesão, só para exemplificar. Claro, não podemos esquecer do nosso homem liquigás, que voltou no último Extreme Rules com uma história sem pé nem cabeça de Wyatt 6, Tio Howdy e aquelas coisas estranhas e DO NADA sumiu da programação em plena Road To Wrestlemania sem deixar rastro (obrigado Brock Lesnar).


4 - A divisão feminina deu uma mudada nas cartas

Rhea Ripley em sua fase "Mami" vem para passar o rodo na divisão

Se antigamente estávamos de saco cheio de ver os títulos brincando de ciranda nas mãos da quatro cavalas, passando raras vezes fora dessas oito mãos (como Ronda Rousey ou Alexa Bliss), dessa vez o cenário é outro. Sasha Banks como disse acima, foi encher o saco dos japoneses. Charlotte ativou o modo Brock Lesnar e virou part-timer. Becky Lynch até esteve mais presente no cenário dos títulos ano passado, mas neste ano está mais distante (pelo menos por enquanto), e a Bayley retornou de sua lesão trazendo amiguinhas em seu entorno, mas o projeto não rendeu grandes frutos ainda. Sem Ronda Rousey, lesionada por conta da idade, e Alexa, lesionada por conta de ter que trabalhar com o Wyatt, a WWE se viu obrigada a investir em outros nomes para manter a pose de empresa interessada no esporte feminino. No RAW temos a Bianca Belair ainda campeã e com mais de um ano de reinado, superando praticamente todos os nomes imagináveis para se manter com o título. No SmackDown, o título rodou mais, passando por Ronda Rousey, Liv Morgan (que ganhou o MITB e depois um push a mando da Ronda), Charlotte quando apareceu e Rhea Ripley (que está mais madura agora, tem um personagem interessante e deve ter um reinado melhor dessa vez). Há de se notar outras garotas com destaque, como Iyo Sky, Dakota Kai e Raquel Rodriguez, que venceram títulos ultimamente. 


5 - Roman Reigns AINDA tem os mesmos títulos que tinha ano passado

Eu o reconheço. E você leitor?

Isso é incrível de se notar por que ele já era há muito tempo campeão Universal (completará 1000 dias justamente na data do Night of Champions) e mesmo assim seguiu com o título, além de se manter também campeão da WWE nesse meio tempo. A ideia de unificar os títulos deu certo no sentido de dar mais poder ao Reigns, a Bloodline e toda a história envolvendo eles, mas por outro lado deu uma ofuscada nos eventos em que o Reigns simplesmente não queria aparecer por que ele tem um certo controle criativo. Isso deixou os semanais sem campeão aparecendo por muito tempo e tirou um pouco do brilho de cada, o que forçou o Triple H a ressucitar o World Heavyweight Championship, cujo campeão será coroado neste mês em solo árabe. Essa história de dominância completa da Bloodline e depois da quebra aos poucos do grupo, em camadas, provocada pelo Sami Zayn é uma storyline formidável de se acompanhar e que vai caminhando para o final, que será quando o Reigns perder seus títulos. Até lá, ele vai adicionando nomes a lista dos que ele já venceu para se manter campeão, como Brock Lesnar, Drew McIntyre, Kevin Owens, Sami Zayn e Cody Rhodes.


É isso turma, por hoje é só. Espero ter abordado os pontos mais relevantes e espero nos comentários o que vocês acharam de mais interessante nessas mudanças. Mudou algo para melhor? Para pior? Faltou algo mudar? Respondam aí. Quer deixar algum recado sobre outro assunto? Pode deixar. No mais, espero vocês na próxima edição deste quadro que eu espero que saia em breve, então até lá, um beijo no coração de cada um de vocês e... Cuidem-se!
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6 comentários:

  1. O ano sabático do Vince McMahon melhorou as coisas para melhor apesar de eu ter ignorado a WWE praticamente 2022 inteiro, mas olhando de fora as coisas melhoraram e agora parece que vai pro caralho de novo.

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    1. Eu ainda acho que o Triple H consegue evitar que as coisas retornem a mesma ruindade que foi no auge da preguiça do Vince. Deve ficar num ponto intermediário entre o que foi o NXT e o roster principal em 2019.

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    2. agora que eu percebi que eu escrevi "melhorou as coisas pra melhor" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk português ta em dia

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    3. O bom de voltar a postar essas coisas é manter o português tinindo

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  2. Pelos boatos a grande volta por cima do Vince foi que gente da WWE vendeu a historia dos abusos que ele cometia pra se livrar do velho, e o desgraçado vendeu a companhia pra conseguir voltar e fazer esta merda de storylines ate morrer, é de admirar a obsessão dele por isso.
    Pelo que acompanhei em termos de construção de storylines para a wrestlemania o HHH foi muito melhor que os ultimos ano do Vince, porque pelo menos as coisas fazem sentido e tu vê a preparação, tirando o booking do Reigns. Ainda não é o HHH do NXT, talvez nunca vá ser, mas fez bem para a WWE.
    Foi o ano do WALTER, ele é a grande coisa que da pra dizer que é mais a marca da gestão HHH foi bem construido, é um maluco que todo mundo quer ver contra o Lesnar, Lashley e esses outros powerhouses, odeio o nome dele e ele não ser mais gordo, mas ainda é um grande wrestler, só acho pouco para uma companhia que tem tanta gente com mais de 40, não parece ter um senso de renovação.
    Divisão feminina ao contrário teve mais essa renovação com a Bianca e Rhea assumindo protagonismo e com a Asuka provando que é a mais regular e que merecia ter sido a 5° cavala.
    Não tanko o Reigns ainda campeão, para mim foi a pior decisão possível, tudo no reinado dele agora parece gasto e coisas que já vimos, o fato dele ser part time alivia mas também cria problemas, acho que a WWE não vai criar outra chance como teve com o Cody.
    No geral, a WWE melhorou um pouco com o HHH, a ver como fica com o retorno do velho, a perspectiva é negativa.

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    1. Aquilo é a vida do velho, capaz dele só conseguir sintetizar algumas vitaminas se estiver na WWE. E ele é um gênio dos negócios. Gênios de negócios só podem ser descartados após a morte por que a vida é um bem inegociável.

      As storylines atuais da WWE estão com um fluxo mais espontâneo. Não tem aquelas viradas Carrasquianas do Vince, e a continuidade tem sido mais respeitada, a ponto de rivalidades se arrastarem por vários meses.

      A questão do nome Gunther tem mais a ver com direitos comerciais do que com sacanagem do Vince, e o fato dele ter emagrecido ajudou ele, por que ele é enorme de alto, completo e está em ótima forma, além de ser saudável acima da média. Triple H vai cuidar do Gunther a peso de ouro e eu não duvido nem uma vírgula que é ele que vai chegar na Wrestlemania 40 carregando o Heavyweight Championship.

      Eu era um dos caras que mais tava cansado de ver a divisão andando em círculos nos últimos anos, e o Triple H deu uma imensa sorte de que as coisas acabaram fluindo de forma natural para todas as cavalas exceto a Sasha, o que deu a oportunidade para ele fazer a passagem de bastão para nomes como Rhea, Bianca e Raquel. Asuka é a inimiga da fase ruim. Surreal o que esta lenda em atividade faz na WWE mesmo aos 40.

      O problema da WWE foi ter criado e jogado fora várias chances de acabar com o reinado do Reigns, ou pelo menos ter tirado um dos títulos da mão dele, uma vez que nem era o plano A ele ter os dois títulos. E você tem razão: o reinado dele está tão gasto que agora começou de vez a storyline em que a Bloodline vai se desfazendo, o que é o último passo antes do reinado do Reigns acabar.

      A WWE melhorou com o Triple H. Os shows semanais parecem mais fluidos (sobretudo o SmackDown) e os PPVs estão mais enxutos, com bons cards e com lutas melhores acontecendo.

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