Truth Questions #162 - A Review mais atrasada de todos os tempos
ALÔ MENINOS E MENINAS QUE AINDA ENTRAM NA NWO NATION DEPOIS DE TANTOS ANOS!!! Chegamos para mais uma edição do Truth Questions, a primeira depois de muito tempo por que estamos chegando ao WWE Evolution de 2025, e é hora de fazer uma reparação histórica, já que é o primeiro evento 100% feminino da WWE e em 2018 eu não falei desse evento aqui no quadro, talvez por que ainda não fazia review de PPV ou por que estava no primeiro hiato do quadro, ou por que tinha algo chamando mais atenção, não sei. O que sei, é que vamos hoje rever como foi a primeira edição do Evolution há quase sete anos, e o que é que pode acontecer na próxima, que será daqui sete dias. Vamos comigo?
Como foi o WWE Evolution de 2018 e o que aconteceu com as lutadoras?
Tivemos sete combates, todos com algo em torno de 10 minutos, exceto o combate da foto acima, que teve 30 minutos e desde já, valeu a pena. Mas o propósito da WWE era mesmo dar tempo de tela e o evento exclusivo para as lutadoras, principalmente as quatro cavalas, que fizeram com seu talento a necessidade da WWE ampliar os holofotes para a divisão feminina. Com a chegada da midiática Ronda Rousey em 2018, isto que era sonho antigo da Stephanie McMahon acabou se tornando uma questão de tempo, embora tenha acontecido apenas uma vez e você vai ver abaixo que a decisão é até compreensível.
Trish Stratus e Lita venceram Mickie James e Alicia Fox
O que esperar de um combate onde a melhor lutadora do ringue era a Mickie James já lavada na época? Nada. Combate bem ruim, com a Trish de hot tag enquanto as heels batiam na Lita. Teve o momento da Mickie contra a Trish, a interferência da Alexa mas no fim Lita e Trish fazem seus finishers para vencerem. Não condeno a WWE por ter dado a Lita e Trish o primeiro combate de PPV feminino de todos, embora tenha passado longe de ser um bom combate. Trish e Lita já foram induzidas ao Hall da Fama, e a Mickie eu acredito que seja um dia, se tiver sorte ainda em vida. A Alicia Fox teve seus problemas com drogas, mas parece que ainda tá na ativa lutando vez ou outra na TNA.
Nota 2/10
Nia Jax venceu a Battle Royal feminina
Ainda é muito engraçado que elas tiraram a MADUSA da década de 1990 para esse combate por que faltava lutadora para um PPV feminino. As Illconics inauguraram a luta com uma promo, e deu pra perceber como a Peyton é supestimada e a Billie é a mais bonita. As duas foram eliminadas logo de cara pelas lutadoras antigas (à época). De resto, foi uma battle royal comum. Eu gosto de Battle Royals, então passo pano sempre pra essa luta. De destaques eu diria Mandy Rose e Sonya Deville, que ainda estavam no NXT naquela época e eliminaram juntas algumas lutadoras no começo, até a Mandy trair e eliminar a Sonya (e vocês achando que o turn da Sonya em 2020 foi de graça), Nia Jax eliminando a Madusa muito cedo, e depois dominando a luta com a Tamina, Lana over até demais para uma lutadora tão feia e tão fraca, aquele spot de suplex com várias lutadoras que a WWE ADORA bookar (e é forçado pra caramba), Carmella na sua melhor fase (junto do R-Truth) e a Ember Moon tendo um grande destaque (ela ainda não tinha emplacado a sequência de lesões). No final, Asuka eliminou a Ivory, Ember Moon reforçou sua posição de destaque e moral com a WWE eliminando Asuka e Tamina, e a Zelina aparecendo do nada para tentar eliminar Nia e Ember, até a Nia eliminar ambas e vencer a luta. Combate típico de RAW, porém mais legal de assistir do que o de abertura. Interessante notar que a WWE gosta mesmo da Nia e até hoje pinta ela como uma força. E notar também que basicamente só ela e Asuka dessa luta fizeram grandes coisas nesses últimos anos, dentro da WWE. As Illconics foram pra TNA e tão dizendo até que pode aparecer no Evolution desse ano, enquanto a Ember Moon virou Athena e tá rendendo lá na ROH.
Nota 5.5/10
Toni Storm venceu Io Shirai e o Mae Young Classic
Antes de falar da luta, vamos lembrar alguns nomes conhecidos que estiveram nesse torneio são: Madison Rayne, Deonna Purrazzo, Isla Dawn, Killer Kelly, Tegan Nox (aquela que abriu onlyfans esses dias), Meiko Satomura, Kaitlyn, Mercedes Martinez, Mia Yim, Gigi Dollin, Raquel Rodriguez, Rhea Ripley e a brasileira Tay Conti, que venceu duas jobbers no torneio antes de ser eliminada nas oitavas pela recém demitida Kayden Carter. Não vou falar o que aconteceu com todas por que daria uma outra edição. Falando da luta, as duas mostraram como eram diamantes brutos precisando apenas de refino por parte da WWE, pois as duas entregaram uma luta frenética e bem mais legal de assistir do que as duas anteriores, com golpes muito bem executados por parte de ambas, coroando esse concurso apesar do final bem previsível, já que muita gente apostava mesmo no título da Toni naquela época, e ele veio, após ela escapar do moonsault da Iyo e contra atacar com um Storm Zero. Pelo menos a WWE conseguiu (a duras penas) refinar um deles e dar uma carreira decente para a Io Shirai (hoje Iyo Sky). Já a Toni, pode-se dizer que acertou ao não esperar o push da WWE cair para ela no Main Roster e ir correndo para a AEW na primeira chance. Considerando que a Mercedes ainda não tem muito tempo, pode-se dizer que a Toni é até esse momento a maior lutadora da história da AEW. Se tivesse ficado na WWE não teria tanto destaque assim, embora eu acredite que sim, ela teria algum momento de destaque. Dada a atuação dela na luta, pode-se dizer que foi um desperdício daqueles por parte da WWE.
Nota 8/10
Sasha Banks, Bayley e Natalya venceram o Riott Squad
Uma coisa que deu pra notar logo de cara foi que a Liv sempre teve a famosa barriga "quebrada" e proeminente, além de ser de longe o ponto de carisma desse trio que flopou legal na WWE. Outra coisa que deu pra notar logo de cara é como a Natalya já em 2018 estava lavada e só basicamente trabalhou como animadora de torcida, e ainda perdura por aí enchendo o saco e tomando tempo de tela de lutadoras mais talentosas e as vezes menos feias que ela. Obviamente Bayley e Sasha foram os destaques, com a primeira sendo o saco de pancada do grupo das mocinhas, e a segunda, apesar de um botch enorme no meio da luta, finalizá-la com um Frog Splash em Liv Morgan. O Riott Squad flopou, mas daí a Liv conseguiu uma carreira legal na WWE nos anos posteriores, enquanto a Sarah virou mãe viking de família e a Ruby Riott foi fazer sei lá o que na AEW. AEW que é o local para onde a Bayley pode parar, e que aonde a Sasha está, a um reinado como campeã mundial de se tornar a maior lutadora da história da empresa. Nesse momento, Mercedes Moné é o maior nome do wrestling feminino, não só fora da WWE, mas como um todo. O combate foi esquecível como um todo mas não chegou a ser uma tragédia.
Nota 4.5/10
Shayna Baszler recuperou o NXT Championship ao vencer Kairi Sane
Aqui basicamente tivemos a dinâmica entre a asiática underdog e veloz contra a americana mais alta, mais forte e mais dominadora, até por ser ex-atleta do MMA. Enquanto Sane tentava acertar uma sequência de golpes aereos, Shayna meticulosamente trabalhava em prejudicar o braço esquerdo de Kairi, não sem antes contar com uma ajudinha das suas parças do MMA após Kairi jogar Shayna nelas, dando a brecha ideal para elas interferirem e Shayna finalmente encaixar o Kirifuda para vencer o título por submissão. Detalhe que a Shayna se tornou a primeira bicampeã do NXT com essa vitória. O combate foi até decente, mas é difícil dizer se elas poderiam ter ido mais longe, principalmente a Kairi, que foi e voltou pra WWE algumas vezes, enquanto a Shayna ficou até o começo desse ano, mas teve seu momentum totalmente atrapalhado após perder para a Becky Lynch GRÁVIDA na Wrestlemania 36. De lá pra cá só uns suspiros, mas ela não precisa lutar mais, já que vive bem com sua academia de artes marciais. Destaque para as amigas de MMA dela, que também tentaram algo na WWE mas não deu certo. A Marina Shaffir tá na AEW hoje em dia andando com o Jon Moxley.
Nota 6.5/10
Becky Lynch venceu Charlotte Flair para reter o SD Womens Championship
Aqui o contexto: Becky turnou heel na Charlotte após a mesma entrar de última hora e vencer o SD Championship no Summerslam daquele ano. Mas a Becky que tinha o apoio irrestrito do público, tanto que acabou se metendo no Main Event feminino da Wrestlemania 35, que era pra ser entre Charlotte e Ronda, e acabou sendo aquela Triple Threat desastrosa. Sobre a luta, foi uma Last Woman muito boa, pois ambas aproveitaram muito bem o fato de estarem em seus auges para entregar uma história muito bem contada sobre quem acabaria com a histamina de quem primeiro, como se estivessémos vendo uma gameplay de WWE 2K19. A estipulação as ajudou bastante neste quesito, já que é um tipo de combate que qualquer brawler minimamente decente é capaz de deitar e rolar, e a Becky sempre foi uma wrestler muito segura. E considerando como era o booking da WWE para combates com armas na época, esse combate foi extremo até mesmo para os padrões masculinos (para os femininos nem se fala), se tornando um clássico e mostrando que as mulheres quando inspiradas, bem escaladas e bem bookadas (viu Triple H?) conseguem entregar excelentes combates também, com este terminando após um Powerbomb da Becky atravessando a Charlotte numa mesa do lado de fora do ringue. Pena que o sucesso de ambas deu aquela conformada nos útlimos tempos, além é claro da idade. Charlotte passou a ser aquele tipo de lutadora que só trabalhava bem quando queria e contando com a anuência do HHH para isso, estragando vários potenciais ótimos combates que ela poderia ter tido, enquanto a Becky, é a versão wrestler feminina do Gabigol, já que ela também basicamente vive de um momento de brilho em que as coisas encaixaram ao seu favor e os fãs estavam do lado. Após a pandemia ela se tornou mãe e ao mesmo tempo ficou INCAPAZ de gerar uma boa luta, até mesmo quando ela queria fazer isso. É igual ao Gabigol: ela até tenta lutar bem, mas simplesmente não consegue. O tempo passou e ela envelheceu igual leite, justificando o por que das quatro cavalas ela sempre foi a piorzinha.
Nota 9/10
Ronda Rousey venceu Nikki Bella para reter o RAW Womens Championship
Esse combate entregou tudo o que esperava-se, ou seja: nada. A ideia de usar a mídia de Ronda Rousey para que ela fosse a atração principal do primeiro evento feminino da WWE é correta (Ronda sempre será muito mais famosa que qualquer wrestler feminina), mas a escolha da Nikki Bella essa sim foi ruim, e cheira a empurrãozinho do John Cena, já que as Bellas e a Ronda nunca lutaram bem. O plano era mesmo hypar o primeiro main event feminino da Wrestlemania e a Ronda como uma Lesnar feminina. Isso pode-se dizer que deu certo até a Ronda receber a primeira vaia, entrar em choque e querer ir cuidar de sua fazenda no meio do nothing. Já as Bellas aposentaram pouco depois de 2018 também para serem mães de família, com algumas aparições especiais. E a luta, como é que foi? Foi só a Nikki com ajuda da irmã fazendo umas chaves que até a gente que é nerdola faria melhor, desistindo para tentar vencer com seus ataques normais, e depois ela mesma desistindo no primeiro armbar da Ronda, que se manteve campeã do RAW.
Nota 1/10
O que esperar do Evolution 2025?
Como vocês devem saber, não tenho visto muito WWE nos últimos anos, apesar de continuar sendo um vagabundo de mão de cheia. Isso se deve muito ao fato da transmissão da NETFLIX, e principalmente ao booking tenebroso do Triple H. Dito isso, não foi à toa que a WWE esperou sete anos para fazer a segunda edição do Evolution, já que a primeira não foi um evento de encher os olhos e o roster feminino da WWE sempre foi muito curto. Mas o mundo mudou, e hoje é possível dizer que eles têm o melhor roster feminino de todos os tempos, tendo até midcard e ajuda de outras empresas, como AAA e TNA, o que propicia um card mais recheado e fazendo mais sentido para dar luz a um evento de wrestling totalmente feminino. Jordynne Grace é o nome ideal para segurar tanto o NXT quando o TNA Womens Championship, pois a Jacy Jayne é limitada e a Masha é crua demais. Iyo e Rhea finalmente terão paz para terem a tão sonhada luta entre elas, e provavelmente não irão decepcionar. Tiffy vs Trish é a passagem de bastão da baranga velha canadense para a futura baranga velha canadense, mas a Tiffy merece, é um achado da WWE. O combate pelo título de duplas vai ser mais do mesmo, mas pelo menos não deve ser tão ruim quanto o de 2018, a Battle Royal provavelmente será melhor que a de 2018 e contará com alguns retornos bem legais para animar o público, Bayley pode ser capaz de salvar o combate pelo título Intercontinental e Jade vs Naomi vai arder o olho de tão feio. Em linhas gerais, apenas Triple H é capaz de estragar esse torneio, mas infelizmente ele é muito capaz, já que nunca soube o que fazer direito com o roster feminino que teve, apanhando feio do Shawn Michaels e do Vince McMahon, que fazem ou fizeram mais com menos.
Mas é isso galera, chegamos ao final de mais um Truth Questions, dessa vez para me desenferrujar a escrita e também para relembrar essa época da WWE que até tava boa, apesar do segundo semestre de 2018 e o ano de 2019 terem sido bem ruins. Também foi curioso relembrar o que houve com as lutadoras envolvidas, e daí eu pergunto a vocês:
- Você lembra de alguma coisa desse Evolution de 2018?
- Qual lutadora mais cresceu nesses anos?
- Qual piorou mais?
- Quais foram os maiores acertos e erros da WWE no seu roster feminino nesses últimos tempos?
- E quais são as suas expectativas para o Evolution de 2025?
Respondam aí, e movimentem a caixa de comentários. Não sei quando terá outro Truth Questions novamente, mas quando acontecer, com certeza será por aqui na NWO. Forte Abraço galera!
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